quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

PARÓQUIA DE SANTA IZABEL CELEBRA 82 ANOS DE CRIAÇÃO




No último dia 12 de Janeiro a Paróquia de Santa Izabel de Portugal que durante 80 anos foi a única Paróquia do município celebra seus 82 anos de criação. Em homenagem ao povo fiel contaremos um pouco de sua trajetória.

A primeira capela em Santa Izabel foi construída em 1881 e administrada pelo vigário de Benevides - Padre Antônio Lira Pessoa de Maria. A Santa Venerada era Santa Maria.

Em 1905, Santa Izabel passa a pertencer a Paróquia de Benevides, foi declarada vaga pois os frandes resolveram estabelecerem-se em Belém, tendo sido entregue ao vigário de Castanhal, padre Luiz de Souza Leitão.

Em 1910 foi criada a Paróquia de Santa Izabel.
No dia 15 de novembro de 1934, dom Antônio Almeida Lustosa nomeou o Padre Marcos Schawalder  como capelão do Orfanato Antônio Lemos.

No dia 12 de Janeiro de 1935 o arcebispo modifica os limites entre a Paróquia de Benevides, transferindo-a para Santa Izabel e nomeia o Padre Marcos Schawalder como primeiro Vigário 

Em 1937 é iniciada a construção da nova igreja Matriz (atual), sendo concluída somente em 1960.
( Igreja Matriz de Santa Izabel década 1960)

Atualmente o Pároco desta referida Igreja chama-se Pe. Ruzevel do Socorro Lourinho Ferreira, e com a Criação da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, foram divididas as comunidades católicas desta cidade, ficando 30 para cada Paróquia.
Na igreja Matriz da Paróquia encontra-se enterrado o Monsenhor Giovanni Broccardo que durante 30 anos trabalhando na Paróquia neste município.


terça-feira, 10 de janeiro de 2017

RELEASE REFERENTE A HISTÓRIA DA ESTRADA DE FERRO BRAGANÇA EM SANTA IZABEL DO PARÁ



ESTE É UM PEQUENO RELEASE DA OBRA QUE ESTOU PRODUZINDO REFERENTE A ESTRADA DE FERRO DE BRAGANÇA VOLTADO PARA O NOSSO MUNICÍPIO.



(Fotografias tiradas em 10/10/1935 na estação de Santa Izabel do Pará)
O livro que estou produzindo intitulado de “Nos Trilhos do Meu Caminho” irá contar um pouco da Saudosa Estrada de Ferro Bragança para com o Desenvolvimento de Santa Izabel- levando em consideração imigrações, povoamento, cultura, cultivo de pimenta do reino etc. Além de contar com mais detalhes a história da autora do desenvolvimento de nossa Amada cidade. Pois se não ocorresse a ideia de construir uma Estrada de Ferro para ligar com o estado do Maranhão (ideia inicial) que somente chegou a Bragança; não teria descoberto várias vilas e povoados insalubres, isolados. 
O espaço geográfico que abrange o município de Santa Izabel é resultado do processo de colonização da área onde passou a Antiga Estrada de Ferro Bragança. Que hoje depois de 83 anos de história de emancipação, talvez cinquenta por cento seja Izabelense de nascimento, enquanto que a outra metade, vindo oriundo de outras plagas, mas que adotaram este lugar, e a consideram como terra de origem.
Pesquisar a história de Santa Izabel é algo fascinante, ainda mais se for sobre a Estrada de Ferro, época áurea de desenvolvimento do nosso município.
A Estrada de Ferro Belém-Bragança que foi inaugurada no ano de 1885 foi um importante meio de transporte de passageiros e cargas do município durante 79 anos (no período de 16 de março de 1885 a 31 de dezembro de 1964).
 Já se foram 52 anos que deixamos de usufruir do nosso s trem, de ver os garotos vendendo variados tipos de iguarias e doces onde se via: a broa, a pipoca, o beijo-de-moça, a tapioca, o amendoim, a paçoca de gergelim, o pirulito, a cocada, a canjica, a pamonha, a castanha de caju, algumas frutas -enfim tudo o que se imaginasse para bem servir o viajante eles traziam
O trem também tinha essa magia de matar e deixar saudades, trazendo e levando seres humanos no seu incansável cotidiano daquela época.
Quantas vezes pessoas da época assistiram a carruagem do Antônio Lemos, sob o comando do cocheiro Sr. Cipriano, passar levando a Superiora ou outra Irmã, logo após à chegada do trem das seis dirigindo-se àquele Colégio
.
 “Jamais poderemos entender como conseguiram acabar com o nosso trem, isto é, com a nossa Estrada de Ferro de Bragança.

A única explicação é que, as vezes o homem não tem limites e nem mede consequências”-  (Frase de Orlando Lino)

                      (Fotografias tiradas em 10/10/1935 na estação de Santa Izabel do Pará)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Parabéns Santa Izabel do Pará pelos seus 83 anos de Emancipação.



Formação da População:
O espaço geográfico que abrange o município de Santa Izabel do Pará é resultado do processo da colonização da área onde passava a antiga estrada de ferro Belém-Bragança e está relacionada à ocupação da Amazônia. Iniciada pelos portugueses, a partir da criação do Estado do Maranhão e da Fundação do Forte de Santa Maria de Belém do Grão Pará, em 1616 com objetivos estratégicos militares Esta região era cobiçada, por holandeses, franceses e ingleses. Por ocasião da união Ibérica (1580-1640), os portugueses planejaram um conjunto de ações, cujo objetivo era ocupar militarmente a região. Motivo pelo qual Belém foi antes uma fortificação, assim como as demais estabelecidas ao longo do rio Amazonas e afluentes.

As missões de jesuítas, franciscanos e carmelitas, vieram para a região para garantir a ocupação e aproveitaram a mão-de-obra indígena, na exploração de produtos tropicais, como castanha, cacau, urucum, baunilha.e outros existentes na Amazônia. Quando em 1759, os padres missionários foram expulsos da região. o Estado Português, a partir de então, inseriu esta região no processo de colonização. Instalando colonos portugueses nas fazendas, antes administradas pelos missionários.

E nesse contexto que o caminho dos índios Tupinambás fora aberto na densa floresta, o qual passou a ser conhecido como Varadouro, e rota mais usada pelos índios, que atravessavam o nordeste paraense.(Hoje Rua Mata Barcelar).

Através do varadouro os índios Tupinambás se comunicavam com outras aldeias, como dos Caetés, Putuangas, Tupinas, até a aldeia dos Cuanãs e Tapuitaperas (hoje, Alcântara – Maranhão). O caminho permaneceu da mesma forma por dois séculos, mesmo quando todas as terras às margens dos rios próximos de Belém estavam sendo ocupadas. Em 1848, o governo Imperial, com objetivo de povoar a região, concedeu ao governo da Província do Pará vasta gleba para plantação agrícola, que seria uma espécie de “cinturão verde”, para abastecer Belém.

A gleba situava-se, às margens do caminho dos índios Tupinambás, onde foram abertas transversais, após os trabalhos de medição e demarcação dos lotes de terra iniciados em 1873 por Valentim José Ferreira. A partir de então, governo provincial instalou ali, o primeiro núcleo colonial, com imigrantes italianos, franceses, belgas, alemães e suíços (tal como ocorreu na região sul e sudeste - a imigração subsidiada). Porém poucos ficaram, pois a maioria não se adequou à inóspita região, dado às diferenças de clima e de doenças tropicais (FERREIRA, 1987.p.29).

A Amazônia serviu de “válvula de escape”, para milhares de nordestinos assolados pela seca. No ano de 1877, chegaram à Amazônia, nordestinos recrutados para a extração do látex da seringueira, a fim de exportá-lo para os EUA e Inglaterra e ser transformado em pneus e outros produtos industriais. Os nordestinos que não se adentraram na floresta chegaram até Santa Izabel, pois sem emprego na cidade de Belém, incomodavam a elite da época. Sem a presença dos imigrantes estrangeiros, os nordestinos serviram de mão-de-obra, que trabalhava para abastecer Belém, produzindo arroz, feijão, milho, malva e vários outros produtos. O varadouro dos índios (único caminho terrestre que ligava Belém ao Maranhão) já havia sido preparado para a passagem do trem, com objetivo de escoar a produção e integrar a gleba à região. Em 1885 os trilhos da estrada de ferro chegaram a Santa Izabel.

No antigo varadouro, foram abertas transversais que chamaram de travessas. Numa delas, na “ boca” da sexta travessa, Valentin José Ferreira, agrimensor, passou a morar com sua companheira, que se chamava Izabel, a qual logo ficou conhecida por cuidar de colonos. Os colonos afetados pelas doenças tropicais recorriam a ela para pedir remédios e ela prontamente os atendia. Eram tantos pedidos e todos atendidos que os colonos antes diziam: “Vamos lá na Izabel…” e logo depois acrescentaram o adjetivo “Santa”, assim comumente falavam: “Vamos lá na Santa Izabel”.(FERREIRA, 1987p. 35).

Desta forma formou-se o primeiro núcleo urbano unindo-se mais tarde á população do sul do município cuja formação se deu pelos afro-descendentes - contingente de mão de obra -das fazendas e engenhos situados ao longo do Rio Guamá. Hoje nossa população é claramente definida: Ao norte do município predomina descentes de nordestinos e outros de origem européia e ao sul afro-descendentes, com algumas áreas de antigos quilombos. Somando-se a essa formação étnica, os asiáticos, (japoneses)presentes desde o início do século. Assim nossa população se formou pela mesclagem predominante destes três elementos.

       Santa Izabel do Pará e sua trajetória:

Desde o início até aos dias de hoje, o Município de Santa Izabel do Pará já viveu momentos de apogeu e de glória, como também, momentos difíceis, quando tudo parecia está perdido, semprevia-se uma luz acesa no final do túnel mostrando uma saída.

Os vinte e oito gestores com mandatos regulares exercidos e mais três substitutos que por aqui já passaram e fizeram a história da emancipação político-administrativa desta terra, nem sempre administraram o Município com total liberdade, tinham sempre alguns entraves que os impediam de governares como eles achavam ser o melhor para o Município e seus munícipes. Mas tudo isso serviu como um aprendizado para uma vivência com maior experiência para eles, tanto na condiçãode cidadãos, quanto como políticos-administradores que foram.

Hoje, depois de oitenta e três anos passados de trabalhos, de lutas, conquistas e história de um povo, que talvez somente cinquenta por cento sejam izabelenses de nascimento, enquanto que a outra metade, vindo oriundo de outras plagas, mas que adotara este lugar, e a tem como sua terra de origem, se uniu aos filhos da terra e formaram uma única família com o mesmo objetivo. O de transformar este Município, em um grande centro produtivoda região bragantina.

Hino de Santa Izabel do Pará

Terra de um povo juvenil
Santa Izabel do Pará
Deste imenso Brasil
Tu és Santa Izabel varonil.

Oh! Minha terra Natal
Abençoada por Deus
És o meu lindo troféu
Que jamais emudeceu

Nasceste da terra amazônica
Terra de bravos guerreiros
Teu pavilhão honraremos
Lembrando o sete de Janeiro

Oh! Minha terra Natal
Abençoada por Deus
És o meu lindo troféu
Que jamais emudeceu

Te proclamados município
Terra da Tribo Tupi
Teus filhos te honrarão
Mesmo distante de ti.

Símbolos:

Bandeira do Município



 Brasão do município



Terra da Tribo Tupi
Cidade dos Igarapés
Terra do Retiro de Moema
Do grandioso Colégio Antônio Lemos
Do Grupo Escolar Silvio Nascimento
Da igreja Matriz
Do Rio Caraparu e Itá
Das comunidades Quilombolas
Dos Círios Fluviais
Do maior produtor de Farinha de Tapioca do Brasil
Da Estrada de Ferro Bragança
Da segunda maior colônia de Japoneses do Brasil
Da lagoa azul







Parabéns minha Amada Santa Izabel do meu Pará!